Olá amores, como estão?
Como uma boa capixaba e amante de eventos literários, já conhecia a autora Karina Heid mas ainda não tinha pegado nenhum livro para ler, apesar da curiosidade.
Ao descobrir uma leitura coletiva desse livro, e sendo um romance de época (minha zona de conforto), resolvi que chegou a hora de conhecer sua escrita.
Antes mesmo da resenha, preciso dizer que foi um prazer enorme ler esse livro. Fui surpreendida pela história diferente, pela ambientação pouco convencional e principalmente pela escrita envolvente.
Killian von Meissen era uma criança quando, após sofrer um ataque no mar, fica perdido e é considerado morto.
Quinze anos mais tarde é encontrado perdido no mar e levado de volta a Berlim. Entretanto, foram anos vivendo em uma ilha, com cultura, costumes e língua diferentes.
Chega em sua casa com poucas lembranças, sendo adulado pela posição social que tem, mesmo ainda tendo que provar ser ele mesmo, e muito assustado. É quando encontra Annelise von Saxe-Havel em pé sobre uma poltrona mexendo no lustre.
Ele logo se identifica com ela, sente que ela conhece o peso do passado. E está certo.
"Só em casa nos sentíamos à vontade dentro de nossa pele, e ninguém entendia melhor de pele do que ela. Casa era onde estava o nosso coração, e havia milhares de boas interpretações para essa verdade."
Já foi considerada a debutante mais linda mas acabou se tornando a solteirona que ouve comentários ofensivos ao ficar escondida nos cantos dos salões. Ela sofreu um acidente anos antes que a deixou marcada, física e psicologicamente.
Por conta da identificação, Killian só aceita ser preparado para o retorno à sociedade por Anne. É assim que a relação entre ambos começa. Com muita química, ensinamentos e roubos de luvas, é simplesmente maravilhoso acompanhar como eles passam a conhecer um ao outro e aceitar seus defeitos e qualidades, mas principalmente se conhecerem melhor.
"Depois de catorze dias ensinando todas as regras que regiam as interações sociais daqueles tempos, e aprendendo, em contrapartida, aquelas nas quais ele foi criado, Anneliese constatou que vivia na sociedade mais complicada do planeta. Todas aquelas normas formavam uma grande gaiola dourada que só servia para prender e limitar a vida de todos — especialmente das mulheres."
Mais uma vez me identificando, como imigrante, me tocou muito a falta de pertencimento. O Duque já não se encaixa no seu local de origem, bem como nunca se encaixou completamente no local onde cresceu. E seu desafio é descobrir onde está verdadeiramente seu lar.
"- Digamos que ele abriu a gaiola, mas quem decidiu sair fui eu."
Só senti falta de algumas respostas sobre personagens secundários mas espero recebê-las nos livros sequenciais.
Oie ! Não conhecia o livro, mas amei a história e sua resenha. Parece ser uma delícia de ler, adoro esses contos de fadas.
ResponderExcluirwww.blogresenhando.travel.blog
Olá,
ExcluirA leitura é mesmo bem gostosa e me surpreendeu bastante também.
Beijo!
Olá, Ray.
ResponderExcluirAinda não conhecia esse livro, mas achei essa trama bem envolvente.
Big Beijos
Olá Lulu,
ExcluirÉ exatamente isso!
Beijo!